O Banco Itaú figura entre
os bancos mais lucrativos das Américas, mas, mesmo diante de toda essa
lucratividade, que tem participação direta de seus funcionários e funcionárias,
pelo árduo trabalho que desempenham, segue lamentavelmente demitindo em todo o
país.
No Maranhão, só no mês
das mulheres, foram demitidas cinco bancárias, dentre elas, 3 lactantes e uma
delegada sindical, e, até agora, mais duas no mês de abril, num total de sete funcionárias em menos de dois meses.
A Oposição Bancária do Maranhão
tem cobrado constantemente que o SEEB/MA saia da zona de conforto, exija mais
transparência das instituições financeiras e busque a reversão imediata das
demissões das funcionárias. No entanto, o Sindicato dos Bancários segue inerte,
sem apresentar ações efetivas que cessem esses ataques desumanos contra nossa
classe, ocupando mera posição figurativa no que tange nossa representação
legal.
Segundo a provedora de
informações financeiras Economatica, dos bancos com mais de 100 bilhões de dólares
em ativos, entre os dez primeiros, quatro são brasileiros. O ranking é liderado
pelos americanos Capital One (retorno sobre o patrimônio, ROE, de 20,4%)
e Ally Financial (ROE de 19,3%). Na sequência, aparecem Santander
Brasil (18,9%), o canadense RBC (17,3%), Itaú (17,3%), o americano J.P.
Morgan (16,9%), Banco do Brasil (15,7%), Bradesco (15,2%), o
canadense Bank of Nova Scotia (15,1%) e o americano SVB Financial
(15,0%).
No auge da pandemia, o
lucro dos grandes bancos brasileiros saltou 32,5% em 2021 e atingiu uma
arrecadação recorde de R$ 81,6 bilhões. Como justificar demissões com os bancos
brasileiros Bradesco, Banco do Brasil e Itaú ocupando, respectivamente, a
terceira, a quarta e a quinta posição com tamanha arrecadação? O fato é que não
há justificativa para tamanho ataque desumano.
Tais bancos sempre se
mostram “preocupados” com a própria imagem perante toda sociedade, mas esquecem
que responsabilidade social é respeitar os trabalhadores e trabalhadoras e
manter empregos, ainda mais diante de uma pandemia com forte impacto econômico
sobre a classe trabalhadora. Foram bilhões de lucro líquido somados nos últimos
semestres, com investimento de bilhões em publicidade e propaganda.
Itaú, Santander e
Bradesco investiram fortemente em propaganda e, ao mesmo tempo, desconsideraram
a maior crise sanitária do país, demitiram mais de 1,3 mil trabalhadores e
trabalhadoras durante a pandemia. Descumpriram acordo firmado com o Movimento
Sindical em total demonstração de desrespeito com toda a categoria. Não podemos
aceitar tantos desmandos.
Enquanto isso, em nosso
Estado, diante das demissões de bancários e bancárias, a inércia do Sindicato
dos Bancários, sob o controle do PSTU, segue sem conseguir dar uma única
resposta à categoria e sem ações de efeito que revertam o atual cenário que
acomete nossa classe.
A Oposição Bancária do
Maranhão repudia essa ação desumana e arbitrária do Itaú e dos demais bancos
privados, e continuará permanentemente na luta, denunciando, cobrando a atual
Diretoria do SEEB/MA e chamando os companheiros para unirmos forças e
combatermos essa triste e dura realidade.
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