A Oposição Bancária do Maranhão reforça o apoio à mobilização dos aposentados do Itaú, que, nesta segunda-feira (13), participaram de uma reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE), a Comissão de Aposentados e representantes do banco. O objetivo foi discutir alternativas justas e humanas para a manutenção do plano de saúde, tema que tem gerado enormes dificuldades para os aposentados.
Após o período garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, os aposentados foram forçados a migrar para planos individuais sem subsídio do banco, enfrentando custos insustentáveis. Em alguns casos, o valor do plano chega a R$ 1.929 por pessoa, somando quase R$ 4 mil para casais.
Outro problema grave é a falta de transparência nos valores cobrados. Embora a lei nº 9.656/98 assegure aos trabalhadores o direito de manter o plano de saúde empresarial após 10 anos de contribuição, o Itaú não esclarece os valores da sua participação enquanto os bancários estavam na ativa. Isso resulta na aplicação de tarifas de mercado sem justificativa, prejudicando quem dedicou anos de trabalho ao banco.
Reivindicações claras e urgentes
Durante a reunião, os aposentados apresentaram demandas essenciais, como:
Garantir isonomia entre aposentados e funcionários ativos nos subsídios do plano de saúde.
Opção prioritária pelo Plano Especial I.
Reajustes das mensalidades baseados em índices justos, como INPC ou IPCA.
Reingresso ao plano para quem teve que sair por dificuldades financeiras, com prazo de 60 dias para adesão.
Retorno da Porto Seguro Saúde ou escolha de outra operadora de referência regional.
Suspensão de reajustes até o término das negociações no Ministério Público do Trabalho.
Ressarcimento de valores cobrados a maior nos últimos cinco anos, com correção legal.
Inclusão de aposentados no conselho da Fundação Saúde Itaú.
Além disso, foi cobrada transparência nos dados, como o número de aposentados por sindicato.
Mobilização e a força da categoria
A luta ganhou grande repercussão nas redes sociais, com a hashtag #AposentadosMerecemSaúde figurando entre os assuntos mais comentados. Essa mobilização reflete a indignação de quem dedicou sua vida ao trabalho e agora enfrenta uma batalha para garantir o direito à saúde.
O banco demonstrou abertura para negociações, com uma nova rodada agendada para a primeira semana de fevereiro. O Ministério Público do Trabalho fixou o prazo até 9 de março para resolver o impasse.
A Oposição Bancária do Maranhão reafirma seu compromisso com a luta dos aposentados, destacando a importância de garantir condições dignas para aqueles que construíram a história do Itaú. Juntos, vamos seguir firmes nessa mobilização!
Fonte das informações: Contraf-CUT (https://contrafcut.com.br/)