terça-feira, 31 de maio de 2022

Conquista! Maranhão é inserido na campanha nacional dos bancários de 2022

Campanha nacional já começou e bancários maranhenses já estão aptos a participar.




O ano de 2022 tem sido de intenso trabalho por parte do Coletivo Oposicão Bancária do Maranhão. Readmissões foram conquistadas, apoio jurídico foi dado a bancários que precisaram lutar contra os bancos e, após a participação da Oposição Bancária do MA na 11° Conferência Regional da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do nordeste (Fetraf-NE), conquistamos a participação do Maranhão na Campanha Nacional dos Bancários de 2022.


A 24° conferência acontecerá em um momento de grande necessidade da defesa de direitos em face dos ataques contra os trabalhadores por parte do governo federal. A sua participação é fundamental, já que será a partir da campanha nacional que serão definidas as prioridades para a renovação da
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Essa é uma demonstração do grande trabalho que o Coletivo Oposição Bancária do MA vem fazendo em prol dos bancários maranhenses. Diante da inércia da atual gestão do SEEB/MA e observando a necessidade de haver a representação dos filiados maranhenses, o coletivo vem suprindo a necessidade de colocar o Maranhão de volta no cenário político nacional em face do isolacionismo que o sindicado estadual vive hoje.





domingo, 1 de maio de 2022

A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA É ATEMPORAL


O de maio é, acima de tudo, um chamado à luta contra a elite econômica e política que desrespeita a classe trabalhadora. A Oposição Bancária do Maranhão chama cada bancário e bancária para uma profunda reflexão diante do que vem acontecendo com nossa categoria.


Todos os anos, quando chega o dia 1º de maio, não estamos apenas diante de mais um feriado, por mais que a vontade de “descansar” e aproveitar o Dia do Trabalhador seja preponderante e muitos o façam, o que não deixa de ser algo muito positivo e legítimo. No entanto, diante do atual cenário de subtração de garantias, conquistadas com muita luta, que permitiam ao trabalhador sua devida e necessária valorização, nos deparamos com notícias assustadoras para a nossa sociedade e, principalmente, para a classe trabalhadora: número de desemprego oficial na casa dos 12%, mais de 12 milhões de brasileiros desempregados (IBGE/2022); inflação em alta (o índice acumulado dos últimos 12 meses chegou a 12, 03%); falta de investimento em setores fundamentais para a geração de emprego e renda e aumento constante nos preços dos combustíveis são algumas evidências de tempos sombrios que inquietam a cada trabalhador e trabalhadora que é arrimo de família e, consequentemente, aumenta a desigualdade social e a miséria em nosso país.

Com a Pandemia da COVID-19, o quadro piorou, principalmente, por falta de políticas governamentais. Nas constantes crises econômicas ou políticas, ao fim, só a classe trabalhadora sai perdendo e isso não pode ser naturalizado.

A data em que se comemora o Dia Internacional dos Trabalhadores tem origem na greve de 1886, nos Estados Unidos, quando se reivindicava melhores condições de trabalho.

No Brasil, indícios de protestos pontuais realizados ainda no fim do século 19. "Tem- se o registro de que a primeira celebração do tipo ocorreu em Santos em 1895, por iniciativa do Centro Socialista de Santos junto aos trabalhadores portuários", conforme afirmou o pesquisador Paulo Rezzutti, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, via entrevista ao canal BBC.

Embora haja os indícios de protestos e manifestações operárias já no fim do século 19, a data foi oficializada em 1924 — durante a gestão do presidente Artur Bernardes (1875-1955) — mas, como atestam historiadores contemporâneos, acabou sendo cooptada pela máquina estatal alguns anos mais tarde, na gestão Getúlio Vargas (1882-1954).

No mundo capitalista e neoliberal que nos encontramos, vemos, de forma alarmante, trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo gritando e lutando pelo mesmo motivo: melhores condições reais a todos os trabalhadores e trabalhadoras. Segundo o pesquisador Félix Hobold: “Na disputa de espaço entre capitalistas e trabalhadores, pode-se dizer que, notadamente ao longo da década de 90, sobrou fôlego aos donos do capital, que se beneficiaram do momento histórico em que ocorrera um refluxo no movimento dos trabalhadores, acuados por inúmeros fatores, conjunturais e estruturais, vivenciados em todo o globo terrestre.”

Atualmente, o cenário é bem pior, segundo o pesquisador Ricardo Antunes: “São tempos de desemprego estrutural, de trabalhadores e trabalhadoras empregáveis no curto prazo, através das (novas) e precárias formas de contrato, onde terceirização, informalidade, precarização, materialidade e imaterialidade são mecanismos vitais, tanto para a preservação quanto para a ampliação da sua lógica.”

Num dia que deveríamos comemorar conquistas, somos chamados a uma profunda reflexão e engajamento na luta contra tantas arbitrariedades e perdas de direito, em que o Estado privilegia a elite econômica e deixa os trabalhadores e trabalhadoras cada vez mais em situação de vulnerabilidade e que fere a nossa Constituição Federal que traz um conjunto de princípios fundamentais que deveria proteger o trabalhador e a trabalhadora, ainda mais em momentos de crise econômica.

As mudanças que precisamos não serão dadas a nós, a história da luta trabalhadora está aí para mostrar que desde sempre foi necessário lutar por direitos e contra uma política que se sobrepõe ao princípio da dignidade humana. Como ter dignidade humana sem trabalho digno e a proteção da classe trabalhadora? Impossível.

Rememoremos a luta de tantos trabalhadores e trabalhadoras que se empenharam pela luta em prol do coletivo e não estão mais por aqui. Esse legado de lutas deve continuar incansavelmente vivo em cada um de nós, servindo de inspiração para continuarmos na busca por melhores condições e valorização de nossa classe.

A Oposição Bancária do Maranhão conclama cada trabalhador e trabalhadora para se juntar a nós numa luta que é de todos e todas. A luta sempre foi e será de classe. É preciso conscientização, mobilização e jamais arrefecer diante dos ataques à classe trabalhadora.

Um viva a cada trabalhador e trabalhadora do Brasil e do mundo todo!

 

Fontes e indicação de leitura:

 

Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho? Como o primeiro de maio foi ‘apropriado’ por Getúlio Vargas. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-52494236>. Acesso em 27 abr. 2022.

Hobold, Félix. Neoliberalismo e trabalho: a flexibilização do direito trabalhista. 2002. Tese de doutorado. Curso de Direito – Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2002.

Ricardo Antunes. O privilégio da servidão: O novo proletariado de serviço na era digital. Boitempo Editorial, 2018.

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