A quantidade de trabalhadores com algum tipo de deficiência que está denunciando a Caixa vem aumentando. Eles reclamam de desrespeito dos colegas, assédio moral, humilhações constantes e até demissões.
A Caixa começou a contratar pessoas com deficiência (PCDs) após ação do Ministério Público em que a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) é assistente. O banco convocou os PCDs aprovados do concurso de 2014, mas não se preparou para recebê-los e integrá-los aos demais.
A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Fabiana Uehara, explica que a Caixa faz propaganda dizendo que é a empresa da inclusão, mas ela só está contratando PCDs porque foi obrigada pela justiça.
“A Caixa não está preparada para receber essas pessoas. Ela está colocando em locais que não têm estrutura alguma, deixando os funcionários em péssimas condições de trabalho”, diz.
É o caso do Henrique Barroso da Silva, um dos empregados demitidos, que foi enviado para trabalhar em Santa Rita do Sapucaí (MG), cidade 140 km distante de onde morava. “Fui e fiquei lá um mês e uma semana. Eles não me passavam quase nada e quando me ensinavam não tinham paciência, pois devido à deficiência sou um pouco lento”, conta.
Ele disse ainda que foi colocado em outra função e mais uma vez se sentiu descriminado. “Do mesmo jeito não me ensinavam adequadamente e não tinham paciência. Veio a segunda avaliação e disseram que não podiam continuar comigo”, desabafa Henrique.
Fabiana destaca que relatos como o de Henrique estão sendo acompanhados. “Nós pedimos que esses colegas peçam o acompanhamento das entidades e sindicatos para que possamos prontamente fazer a atuação necessária”, completa.
Reunião com a Caixa
A contratação dos PCDs estava na pauta da reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) com o banco, na última quarta-feira (15). A diretora da Contraf-CUT explica que a empresa precisa contratar mais pessoas com deficiência.
“Só vamos conseguir reforçar o papel social da Caixa tendo mais empregados na empresa e com acolhimento necessário para os seus funcionários”, disse Fabiana.
Com informações da Fenae
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