Série de demissões no Maranhão acontece semanas após Itaú divulgar lucro recorde de R$ 26,8 bilhões. Bancárias lactantes são principais perseguidas pelo banco.
Há algumas semanas atrás publicamos uma matéria a respeito do programa de desligamento voluntário (PDV) do Banco Itaú que, segunto a instituição, seria facultativo e direcionado apenas a pessoas com mais de 60 anos, que estivessem de licença de mais de 30 dias ou ainda os que trabalhasse em cargos específicos. Na mesma matéria alertamos ao que sabemos ser a prática de baixo nível dos bancos, que pressionam aqueles funcionários que desejam demitir, a fim que esses trabalhadores venham eles mesmos buscarem a demissão.
Acontece que temos recebido denúncias de funcionários e especialmente funcionárias mulheres que têm sido desligadas dos seus postos de trabalho sem qualquer tipo de justificativa plausível. Há denúncia inclusive de duas mulheres que teriam sido demitidas após retorno de licença maternidade, algo abominável se considerarmos a dificuldade que as mães têm tido nesse momento de pandemia. Ao todo foram 4 trabalhadores demitidos pelo banco somente essa semana em nosso estado, todos em São Luis.
Trata-se de um escárnio do Banco Itaú que divulgou lucro recorde de 26,8 bilhões de reais, uma alta de 45% em relação ao ano anterior. As ações do banco tem se valorizado exponencialmente, na medida em que corretoras e bancos recomendam investimentos no ITUB4, que hoje, no momento em que essa matéria é escrita, teve valorização de 1,95%.
Vale ressaltar o quão decepcionante está sendo a atuação do Sindicato dos Bancários do Maranhão em meio a tudo isso. Isolados e sem força política para fazer a diferença, reduzem sua atuação não em proteger os bancários, mas em orientar os bancários sobre como aderir ao PDV, o que podemos ver em matéria pública no dia 15 do 3 com título "SEEB/MA lança parecer jurídico sobre PDV do Itaú.
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