A Chapa 2 – Renovação, Transparência e Luta fez uma análise criteriosa das finanças, receitas e gastos efetivados pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão – SEEBMA ao longo dos últimos dez anos. O documento foi construído a partir dos balanços financeiros da própria entidade, que foram disponibilizados somente no último mês de março após severa pressão do Coletivo de Oposição Bancária junto à Direção Sindical.
Quando as aplicações financeiras são observadas com um olhar mais apurado, é possível conferir que os R$ 6,4 milhões que haviam sido investidos pela entidade até dezembro de 2019, se transformaram em apenas R$ 3,1 milhões em 2020.
De acordo com o balanço contábil, no fechamento do 3º trimestre de 2020 (setembro) haviam R$ 7 milhões investidos, dos quais foram reduzidos para apenas R$ 3,1 milhões no fechamento do trimestre seguinte (dezembro). No ano de 2020 ocorreram as eleições municipais, com o primeiro turno realizado no dia 15 de novembro, e o segundo turno no dia 29 de novembro.
Aplicações em Poupança
Em 2013, a entidade possuía uma reserva financeira aplicada em poupança de quase R$ 4 milhões. Pelos dados do sindicato, em 2020 o valor em poupança fechou o 4º trimestre com apenas R$ 584 mil reais. “É uma redução significativa, pois estamos falando de R$ 3,2 milhões a menos nas aplicações financeiras da entidade em um lapso de apenas seis anos”, avalia Marcos Palhano, bancário filiado e membro da Chapa 2.
De outro lado, percebe-se pelo balancete a mega valorização dos ativos, que passou de R$ 11,9 milhões de reais em 2018 para R$ 19,3 milhões em 2020, sem que a entidade sindical tenha adquirido qualquer novo imóvel, ou seja, os mesmos prédios do sindicato tiveram uma valorização de quase 100% em menos de três anos.
Essa super valorização ocorreu, principalmente, em um ano atípico, de pandemia, onde a taxa SELIC atingiu seu menor patamar histórico, corroborando para a desvalorização dos imóveis em todo o país. Segundo dados da FipeZAP, índice que publica os dados necessários sobre a evolução dos preços do setor imobiliário, em 2020 houve uma desvalorização dos imóveis em 0,75% em todo o país, se considerado o IPCA de 4,38%.
A Chapa 2 vê um contraste nos números, pois enquanto os bens imóveis tiveram uma super valorização, fora do comum, as aplicações financeiras foram abatidas severamente. Um dado supervalorizado de imóveis serviria para aliviar a defasagem financeira das aplicações? Com a palavra a Direção do SEEB-MA!
A Chapa 2 também denuncia que as assembleias de prestação de contas realizadas pela atual gestão e pelas diretorias anteriores, nos últimos 20 anos ou 10 mandatos, nunca prezaram, de fato, pela transparência e cumprimento das regras previstas em Estatuto Sindical. O SEEB-MA é controlado com mão de ferro pelo PSTU há duas décadas, tempo em que o sindicato se isolou do movimento nacional e acumulou derrotas e diversos prejuízos para bancários de todo o Estado, principalmente no âmbito das ações judiciais que beneficiaram trabalhadores de todo o país, menos do Maranhão.
Na assembleia de prestação de contas de 2021, por exemplo, ao invés do Conselho Fiscal apresentar o parecer sobre as contas da diretoria, princípio contido no Estatuto Sindical, quem fez as vezes foi o contador do escritório de contabilidade contratado, esvaziando as funções do conselho.
Além disso, o ato de prestação de contas também contrariou a carta magna do sindicato, ao “prestar contas” dentro da programação do Encontro dos Bancários, quando o documento reza que seja efetivada em assembleia geral específica. Foram disponibilizadas 13 caixas fechadas, volume considerável, para avaliação dos associados em um tempo exíguo de meia hora.
Na data, o Coletivo Oposição Bancária denunciou a ilegalidade, fez mais requerimentos e como sempre, o SEEB-MA continua desrespeitando os bancários. Assista abaixo:
Imprensa Chapa 2
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