segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Bradesco quer economizar cortando lanche dos trabalhadores
Interrupção do fornecimento foi anunciada para 1º de agosto.
O Bradesco anunciou que vai cortar o lanche para os trabalhadores em todas as suas agências pelo País a partir de amanhã, 1º de agosto. O assunto já vinha sendo pautado em discussões entre o banco e os representantes sindicais, que reivindicam a manutenção do alimento e inclusive incluíram o item na minuta de reivindicações.
“O fornecimento do lanche é uma conquista de décadas e, agora, no meio da pandemia, o banco vem anunciar o corte, por pura mesquinharia”, afirma o diretor sindical Gheroge Vitti. Os lanches alimentam não só os bancários, mas também vigilantes e o pessoal da limpeza que, muitas vezes, levam para casa os que não são consumidos.
Veja também: Omissão do SEEBMA causa revolta entre os bancários, em meio ao surto da pandemia do COVID-19.
Além disso, como os funcionários registram o ponto antes do lanche, esse tempo será convertido em horas de trabalho. Ou seja: o banco vai economizar e os empregados vão trabalhar mais tempo e com fome.
“O que antes era o tempo de lanche virará tempo de exploração do trabalho e, portanto, de geração de lucro e de estresse”, avalia Gheorge. Numa simulação de demanda de 80 mil lanches/dia, em 22 dias úteis chega-se a 1.760.000 lanches/mês: tal corte obviamente também vai gerar desemprego indireto nas empresas que fazem o fornecimento.
No início de julho a questão dos lanches foi discutida em reunião com os representantes do banco, que alegaram ser essa “uma questão de usos e costumes” e que, “após pesquisa e constatação de desperdício”, não iria rever a decisão. No entanto, muitos bancários já expressaram seu descontentamento com o corte, e a reivindicação segue em pauta.
“O Bradesco poderia então abrir esta pesquisa. Será que foi somente o conselho do banco que a respondeu? Porque nas agências essa pesquisa não chegou e, se chegou, queremos saber quem participou, pois não reflete a opinião dos bancários”, questiona o diretor sindical, acrescentando que o corte dos lanches é cruel e chega a ser desumano. “O banco tem muito dinheiro, não precisa tirar o alimento de ninguém”, reforça.
ABC Paulista
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