quarta-feira, 8 de abril de 2020

BANCÁRIOS, PANDEMIA E NEO-LIBERALISMO À BRASILEIRA



Na contramão do mundo e do fracasso do neoliberalismo para enfrentar a pandemia, temos o Brasil como um laboratório de extermínio de direitos dos trabalhadores e mais necessitados. 
Sempre em situação de crises, seja ela guerra, pandemias, catástrofes naturais, etc. os Estados Nacionais são obrigados a intervir através de políticas públicas para salvar a economia e a sociedade. Não por altruísmo ou sentimento cristão e fraterno, mas pelo simples fato de termos um encarecimento da mão de obra, dos verdadeiros produtores de riqueza, que são os trabalhadores.
Para desespero dos donos do Brasil, estes produtores de riqueza, com sua contrapartida remuneratória a cada dia mais barata por conta da reforma trabalhista e previdenciária, se veem agora tendo de ficar em casa por conta de uma catástrofe histórica e rotineira, uma pandemia que assola o planeta de tempos em tempos. Um “fato do príncipe” enviado pela vontade do “príncipe” maior, a mãe natureza, cansada pela destruição anormal de seus recursos pela ganância neoliberal. 
Naturalmente o capitalismo, e a sua faceta, mais nefasta, o neoliberalismo, não possuem instrumentos para salvar seus meios de produção, no caso, sua mão de obra, agora barata, e depois da pandemia e dos milhões de mortos, mão de obra, essa, que vai ficar mais cara, mais valorizada, mais disputada
Por isso o mundo e seus “players” baseados nos EUA já lançam mão de um novo New Deal e Plano Marshall pro dólar e pro mundo. Ora! Porque são bonzinhos?? Não, para o preço do trabalho, daqueles trabalhadores que sobreviverem, não ficar muito caro desacelerando sua competição capitalista doentia, sua personalidade destruidora de recursos naturais, sua desaceleração de acumulução e concentração de riquezas permitindo a instalação natural do bem estar social e pleno emprego no mundo, naturalmente, salários mais caros. 
Os capitalistas brasileiros, os bancos, os donos do Brasil como seguem na contra mão de tudo que é “capitalisticamente normal”, na sua verve sanguinária, doentia, egoísta, detonam a classe trabalhadora, e com relação aos bancários temos a MP 927 e MP 928. Frontalmente contrária a política de combate a pandemia do COVID-19. Portanto, não tenho outros adjetivos. Monstros! Sanguinários! Desumanos! anticapitalistas! nazistas!
Heraldo Gouveia
Membro do Coletivo da Oposição Bancária MA 
Trabalhador Bancário
CONTRAF-CUT

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